sexta-feira, 15 de julho de 2011

A Inclusão Escolar Do Deficiente


Fogari, Maria Luisa Da Costa
Dos Santos, Martha Maria, Assistente Social e Aluna Ouvinte da Unesp – Franca
(Pós-Graduação em Serviço Social / Centro Universitário Barão de Mauá)

No Brasil mais de 24 milhões de pessoas possui algum tipo de deficiência, representando 14,5% de toda população. Em se tratando de Educação, de 57 milhões de alunos matriculados na rede pública e particular, apenas 500 mil são deficientes, isso representa que só 1% desse total consegue chegar à sala de aula. Nota-se que o nascimento de crianças com  deficiência são registrados com maior ênfase em países em desenvolvimento. Sabemos da problemática, das dificuldades econômicas enfrentadas pelos países periféricos, podemos associar que para ocorrer à inclusão será necessário uma modificação em vários sentidos. Barreiras arquitetônicas, capacitação profissional, rampas de acesso, e assim sendo um espaço físico adequado para receber o cidadão deficiente. A rejeição em relação aos portadores de necessidades especiais, por parte das escolas, e de uma parcela da sociedade, é fator preocupante porém, não é fenômeno da atualidade, por isso há a necessidade da inclusão como um todo, no cotidiano. Nesta pesquisa, fizemos um breve histórico sobre a deficiência desde os primórdios da Idade Média até os dias atuais. Posteriormente vêm as classificações das deficiências como: física, múltipla, visual, auditiva e mental. Essas podem ser adquiridas ou congênitas. No parto, no pós - parto, acidentes, genética, medicamentos, doenças, etc. Isso imprime a necessidade de campanhas educativas e preventivas, e a suma importância do pré-natal, do exame do Pezinho e do teste de Apgar. Na chegada do bebê não idealizado, e no ocorrido de pessoas tornarem portadores de deficiências adquiridas, os profissionais devem buscar especializações para passar a inesperada notícia, buscando integrar as famílias em atendimentos psicológicos, econômicos e outros. A família é o primeiro grande grupo social, a criança recebe carinho, acônchego, atenção, valorização. Recebe valores culturais, religiosos e psicológicos para buscar integrar a sociedade. Ao enfrentar o segundo grande grupo, a área educacional, ele vêm enfrentando dificuldades devido ao preconceito arraigado, mas estes têm garantido na Constituição de 1988, direitos a educação no ensino regular de ensino. Constatamos que no universo havia dez escolas municipais ao todo, dessas duas foram sorteadas como amostra, para que se efetuasse a coleta de dados, que se deu através da equipe multidisciplinar. A coleta de dados foi realizada embasada no materialismo histórico-dialético, através de entrevistas semi-estruturadas, com uso do gravador. Um item preponderante destacado foi a falta de adaptação dos espaços físicos, não somente em âmbito estudantil mas, em logradouros públicos e privados, donde os “portadores de necessidades especiais” não podem fazer uso destes locais. Nos pequenos municípios a inclusão não está ocorrendo corretamente, principalmente devido à falta de capacitação dos profissionais, a educação inclusiva está sendo semeada, e os frutos serão colhidos nas próximas décadas. O que se  pretende é que a partir de 2006, todas as crianças portadoras de “deficiências” saiam das salas especiais e sejam inclusas, com não portadores de "deficiências”. O esperado é o convívio que desperte, consciência e valores igualitários. A proposta deste trabalho foi que os profissionais Assistentes Sociais, façam projetos sociais, com iniciativas que mostram que a inclusão social deve ir além da educação, como através da: cultura, arte e lazer,  e as práticas esportivas, como no caso as adaptadas, despertem o interesse pelas apresentações e competições. Um teatro, uma prática esportiva, onde artistas e atores, jogadores e jogadoras, sejam “deficientes”, e “não deficientes” seria um bom aglutinador de valores, podendo ocorrer através de eventos culturais em âmbito informal, para que a sociedade retire a máscara embotada de preconceito, pois o “portador de necessidades especiais”, não são “ineficientes”.
luisafogari@linkway.com.br  (19) 3582-1012  (19) 81230476

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